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Dia Mundial do Veganismo
31 outubro 2019
Dia 1º de novembro comemora-se o Dia Mundial do Veganismo. Pesquisa IBOPE (abril/2018) mostra que o número de vegetarianos no Brasil praticamente dobra em 6 anos e chega a 30 milhões de pessoas. Isso mesmo! 30 milhões de pessoas se declaram vegetarianas no Brasil. Segundo o site da Sociedade Vegetariana Brasileira, não há pesquisas realizadas no Brasil que mostrem o número de veganos, mas sugerem uma porcentagem mais conservadora desse número dentro do grupo de vegetarianos, que seria cerca de 7 milhões de veganos no Brasil.
Falamos de vegetarianismo e veganismo, mas você sabe a diferença? O vegetariano não consome nenhum tipo de carne, mas alguns deles consomem alguns alimentos de origem animal (tipo ovo ou leite e laticínios). O vegano também é um vegetariano só que mais restrito que não consome nada que tenha origem animal.
As motivações para excluir o consumo de carnes são diversas: questões filosóficas, éticas, alimentares, saúde, religiosas, ecológicas ou por um estilo de vida.
O veganismo, segundo a The Vegan Society, é uma opção que busca excluir toda exploração e crueldade com animais. Essa é a maior motivação para o veganismo.
A exclusão não é somente na alimentação, mas no vestuário (nada com couro, lã e seda, por exemplo), nada de produtos que façam teste com animais e tudo mais que tenha relação com abuso ou exploração animal.
QUAIS OS CUIDADOS QUE DEVEMOS TER COM A SUBSTITUIÇÃO?
É preciso ter cuidado com a substituição da proteína animal para não deixar de suprir as necessidades do organismo
1) FERRO: O ferro é muito importante para nosso corpo e está presente nas carnes (principalmente vermelha). Essa situação no veganismo pode ser resolvida com outras fontes de ferro como cereais, leguminosas, frutas secas e vegetais verdes escuros (brócolis, couve e espinafre).
2) PROTEÍNA: A proteína animal é considerada uma proteína completa porque possui todos os aminoácidos que precisamos. O vegano consegue os aminoácidos que precisa ingerindo alimentos vegetais ricos em proteína: leguminosas, cereais e castanhas. É preciso pensar na variedade de alimentos para garantir os aminoácidos necessários.
3) VITAMINA B12: É uma vitamina importante para a formação do sangue e funcionamento do sistema nervoso. Encontrada em carnes e peixes. Os veganos consomem vitamina B12 nos alimentos enriquecidos, mas normalmente precisa ser suplementada.
4) VITAMINA D: Ela é importante para nossos ossos e para a absorção de Cálcio. Encontrada no óleo de peixe, nos ovos e na carne, mas a maior parte vem da exposição do sol na pele. O cuidado do vegano (e de toda população) é verificar no período de inverno se há necessidade de suplementar vitamina D e comer mais alimentos que sejam ricos em cálcio
5) ÔMEGA-3: São tipos de gorduras importantes, que não produzimos e que precisamos obter pela alimentação. A principal fonte são os peixes (principalmente a sardinha e o salmão). O vegano costuma consumir linhaça, soja e nozes em substituição.
6) Fazer um acompanhamento com nutricionista para orientação na transição, para ajudar na escolha de alimentos adequados e para suplementações necessárias.
Uma alimentação vegana bem planejada é segura e pode preencher todas as necessidades nutricionais. A resposta está no planejamento, combinação entre alimentos, preparo correto dos alimentos e suplementar quando necessário.
Autor
Regina Saunders
Nutricionista – CRN/SP 55.978