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VUC, modelo que atende as necessidades da Ceagesp
29 abril 2019
Os VUCs podem trafegar livremente nos centros urbanos, sem a restrição do horário em qualquer dia da semana
No maior mercado atacadista da América Latina e o terceiro maior do mundo, a Ceagesp, por dia passam mais de 12 mil veículos. As mais de 3 mil empresas localizadas na Ceasa de São Paulo, utilizam-se de frotas próprias, terceirizadas ou até mesmo ambas para atender as necessidades da demanda.
São caminhões que fazem o abastecimento de FLVs – Frutas, Legumes e Verduras no Brasil todo. A empresa R. Parise Hortifrutiflores, por exemplo, que está há mais de 14 anos atuando, fortemente, no Entreposto paulistano, atende, principalmente Hipermercados, feiras, sacolões. Para conseguir realizar todas essas operações, a frota não é terceirizada, o estabelecimento investe na logística possuindo caminhões para o abastecimento e entregas.
Já empresa Frutas Rocha utiliza de caminhões próprios na comercialização e distribuição de bananas e outras frutas da região produtora do Vale do Ribeiro para a Ceagesp. E para atender todo este abastecimento, é realizada de forma preventiva a manutenção a cada 15 dias por uma equipe especializada e credenciada. Referente à renovação da frota, a mesma é feita a cada dois anos dependendo do veículo e seu desgaste. Para um dos sócios proprietários, Rodrigo Rocha, toda a precaução é tomada para evitar grandes prejuízos e desastre, já que envolve a vida do condutor.
“Nossas exigências estão vinculadas a segurança, ou seja, a manutenção do veículo deve estar em dia e o motorista com jornada de trabalho que não prejudique seu rendimento e principalmente sua segurança pessoal e de terceiros, uma vez que nossa carga é revestida de seguro”, explica Rodrigo.
Aos que trabalham na Ceagesp sabem bem da importância que é o transporte de mercadoria para o estabelecimento. A entrega precisa ser realizada dentro do prazo, porém, não é uma tarefa muito fácil para ser executada com caminhões trafegando pelos grandes centros das cidades. Para isso, muitos permissionários do Entreposto optam pelos seguimento dos VUCs, que são os Veículos Urbanos de Cargas.
As vantagens são inúmeras, como por exemplo, os VUCs podem trafegar livremente nos centros urbanos, sem a restrição do horário em qualquer dia da semana. Isso ajuda muito aos comerciantes que precisam distribuir o seu produto no tempo hábil. Outra novidade é que a nova legislação permitiu o comprimento do veículo em até 7,20 metros. Antes o máximo permitido era de 6,30 metros.
O prefeito da cidade de São Paulo, Bruno Covas, publicou em dezembro, do ano passado, a inclusão dos VUCs nas exceções do rodízio municipal que limita circulação de veículos de acordo com fina da placa. Na prática, isso quer dizer que a partir dessa data, os VUCs podem circular livremente isento de restrições no Mini Anel Viário. Isso é tido como grande conquista para o setor de Transportes. Antes da isenção, apenas vans de PBT (peso bruto total) de até 3,5 toneladas eram permitidas de circular em áreas de rodízio.
“Isso é bom porque o VUC é capaz de ter mais produtividade do que um veículo menor. No lugar de um VUC consigo tirar cerca de quatro caminhonetes das ruas. “O transporte de carga deve ser visto como transporte coletivo de cargas””, afirmou o presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de Carga de São Paulo e Região (SETCESP), Tayguara Helou.
Segundo o CEO da 4TRUCK, Osmar Oliveira, a demanda por implementos para este segmento (vans e caminhões da linha 3/4”) representa aproximadamente 40% do volume total, sendo eles os grandes responsáveis pela distribuição de mercadorias nos grandes centros.“Estamos confiantes de que o fim da restrição, que ampliará o tempo de circulação dos VUCs pela cidade, aquecerá as vendas dos veículos médios, que se tornarão mais versáteis para os gestores de frota”, aponta.
A Barbosa Batatas, empresa que está na Ceagesp, desde 2000, possui frotas próprias, além de terceiros. Para a sócia proprietária, Rita Barbosa, a utilização de caminhões leves é o essencial para o comércio.
“Antes, nós trabalhávamos com caminhões maiores para as entregas. Nós os eliminamos, devido às restrições das cidades. Então, faz um tempo que optamos em trabalhar com caminhões estilo VUCs. Ele comporta um pouco menos em peso, mas tem mais agilidade”, frisou Rita.