Protagonista durante a semana de Páscoa, o peixe é um alimento que tem alto valor nutritivo, muito sabor e versatilidade no preparo, podendo ser consumido fresco, assado, cozido, grelhado e até mesmo seco.

A nutricionista Milene Gonçalves Massaro Raimundo, diretora do Centro de Segurança Alimentar e Nutricional Sustentável (Cesans), da Secretaria, explica que “o pescado é rico em ácidos graxos poli-insaturados, um tipo de gordura considerada saudável, sendo que a principal delas é o ômega 3, que reduz o risco de doenças cardiovasculares autoimunes, alguns tipos de câncer, asma e artrite reumatóide, além de ter efeitos anti-inflamatórios e neuroreguladores”, disse.

Antes de escolher o pescado a ser preparado, a nutricionista afirma que é fundamental observar a temperatura, que deve ficar entre -0,5 e -2°C, pois se trata de um produto altamente perecível. “É importante escolher o pescado sempre no final das compras, mantendo-o por mais tempo na geladeira para preservar suas características e observar se há gelo suficiente para envolvê-lo e mantê-lo na temperatura adequada até chegar em casa”, orienta Milene.

Se o peixe que será utilizado estiver congelado, é preciso checar se o armazenamento foi feito a -18°C. “O produto não pode estar amolecido e não deve haver acúmulo de líquidos ou cristais de gelo na embalagem, que indicam que ele foi descongelado ou recongelado. O odor deve ser suave e fresco”, explicou.

No caso do produto seco, como o bacalhau salgado tradicionalmente utilizado na Páscoa, a especialista faz uma alerta: “Veja se o alimento está armazenado em local limpo, protegido de poeira e insetos, sem presença de mofo, ovos ou larvas de moscas, manchas escuras ou avermelhadas, limosidade superficial, amolecimento ou odor desagradável”, disse.