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Regulamentação da produção de mudas de maracujá em SP
10 dezembro 2018
O manejo do vírus que causa o endurecimento dos frutos do maracujazeiro, que já dizimou muitos pomares paulistas, baianos, mineiros, paraenses, goianos e fluminenses foi tema da reunião técnica realizada pelo Instituto Agronômico (IAC), em Campinas.
O objetivo foi discutir as recomendações técnicas para minimizar os danos causados pela virose e, a partir disso, desenvolver diretrizes para os produtores e promover a regulamentação do setor produtivo, especialmente com relação às normas para produção de mudas.
A finalidade dessas ações é recuperar a produção paulista da fruta, que teve uma redução de 145% em 15 anos. O vírus causador do endurecimento dos frutos é transmitido por pulgões e tem difícil controle, devido à sua rápida disseminação.
A doença prejudica o crescimento dos frutos, que ficam deformados e endurecidos, perdendo o valor comercial. Além desses prejuízos, a virose reduz significativamente a produtividade do pomar, comprometendo a viabilidade econômica.
A dificuldade de controle da virose está associada à agressividade do vírus e também aos pulgões, que são os vetores da doença. Eles são bastante eficientes na contaminação das plantas e estão amplamente distribuídos em todas as regiões produtoras. Além disso, possuem um grande número de plantas hospedeiras, onde se alojam e se multiplicam em larga escala.
“No período de 2000 a 2015, observou-se uma queda de 145% na produção paulista de maracujá, que resultou no desabastecimento estadual. Atualmente, os produtores não estão mais conseguindo atender à demanda da CEAGESP (Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo), que está adquirindo frutas de outros estados, principalmente Bahia e Santa Catarina”, diz a pesquisadora do IAC, Laura Maria Molina Melett.
O objetivo desse trabalho é que tais recomendações se tornem aspectos regulatórios do cultivo do maracujazeiro, recuperando a produção dos pomares estaduais e viabilizando a fiscalização.