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Entreposto participa do fórum da Unicamp
15 outubro 2018
O Entreposto esteve, no dia 10 de outubro, em Campinas, interior de São Paulo, para conferir de perto o Fórum: PERDAS E DESPERDÍCIOS DE ALIMENTOS: CONTRIBUIÇÃO DA TECNOLOGIA PÓS-COLHEITA E UM OLHAR PARA O FUTURO.
O debate reuniu diversos especialistas do setor como professores, pesquisadores, profissionais do agronegócio, representantes do Governo Federal e foi organizado pela Faculdade de Engenharia Agrícola da Unicamp. O objetivo principal foi mostrar as ações voltadas para reduzir ao máximo esses números alarmantes e que se continuar nesse ritmo, a população, em geral, vai sofrer grandes consequências. Isso se deve porque, segundo a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), cerca de 1,3 bilhão de toneladas de alimento é desperdiçado, anualmente, no mundo todo. Mesmo assim, aplicando medidas da maneira correta, ainda é possível alterar esse quadro.
“Eu sou ambicioso, é possível reduzir pela metade o número de perdas de desperdício de alimentos”, é o que ressalta Alan Bojanic, que é representante da FAO, aqui no Brasil.
Bojanic, também, alerta que daqui a 30 anos, em 2050, a população vai aumentar em quase 30%. Sendo que para alimentar tanta gente assim, vai ser preciso aumentar, consideravelmente, a produção de alimento, mas dessa vez, em 60%, ou seja, o dobro do crescimento populacional.
“Além do desperdício, quando se joga um alimento fora deliberadamente, trabalhamos com o conceito de perda, que ocorre por falta de informação. E isso começa na propriedade rural. Sem conhecimento, o agricultor pode escolher uma variedade de semente inadequada para o solo que tem e colher alimentos de pior qualidade, que não atendem aos critérios de seleção do mercado”, explica Murillo Freire Jr, que é pesquisador da Embrapa Agroindústria de Alimentos e visita constantemente as Centrais de abastecimento – Ceasas.
Pensando nisso, o fórum abordou temas como: Objetivos do desenvolvimento sustentável: redução de metade do desperdício até 2030; Causas do desperdício e soluções possíveis; Definição de uma política pública para o setor: uma necessidade inadiável; e Inovações tecnológicas para um futuro sem desperdício. Para a professora doutorada em Engenharia Agrícola da universidade de Campinas, Juliana Aparecida Fracarolli e também organizadora do evento, o encontro foi de supra importância.
O Entreposto já realizou uma edição especial sobre o assunto, no mês de setembro do ano passado: DO PRODUTOR ATÉ O CONSUMIDOR, SEM QUEBRAR A CADEIA DO FRIO. Nessa edição, foi feita uma matéria mostrando como o alimento pode resistir por mais tempo do campo até a mesa dos brasileiros. Isso talvez, seja a solução mais próxima que as organizações e empresas podem executar. Mantendo o produto em temperaturas adequadas para retardar a deterioração. Ainda mais, já que o Brasil é um dos principais produtores de FLVs – frutas, legumes e verduras do mundo. Mesmo assim, o País é um dos que mais desperdiçam alimentos.