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Holanda e Brasil: uma parceria voltada ao agronegócio
3 setembro 2018
A parceria comercial envolvendo os dois países não chega a ser uma novidade e tem uma importância significante. Sendo que atualmente, de acordo com o balanço realizado pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), a Holanda ocupa a quarta posição como o principal parceiro comercial do Brasil.
No ano passado, o país exportou para os países baixos, mais de US$ 9,25 Bilhões. Itens como suco de laranja representou cerca de 5,2% das exportações, o que rendeu algo em torno de US$ 483,26 milhões.
Já em relação à importação, os números alcançados foram mais US$ 1,07 Bilhão. A cebola holandesa, nesse caso, em 2017, rendeu mais de US$ 8,69 milhões. “Nosso rico solo holandês produz cebolas crocantes de qualidade superior, que estão disponíveis durante todo o ano” ressalta Gijsbrecht Gunter, CEO da Holland Onion Association (HOA) – Associação da Cebola da Holanda, em português.
O país holandês, nesse segmento, tem um impressionante marketing share de exportação de mais de ¼ do mercado mundial. O Brasil, por exemplo, produz anualmente, cerca de 520 mil toneladas de melão. A fruta representa cerca de 23,7% do setor para a exportação, o que a coloca como a principal no mercado externo. O Estado do Rio Grande do Norte tem um domínio completo por esta cultura, tanto que é responsável por nada mais que 95% de toda a exportação da fruta do País. Os principais destinos são os Países Baixos (Holanda), com 33%, Reino Unido (32%), Espanha (27%) e Itália (2,7%).
O Vale do São Francisco, maior polo de frutas do mundo, é tão importante para o mercado externo, que no ano passado chegou a movimentar mais de US$ 213 milhões com a exportação de 150 mil toneladas de manga. Isso para países como a Holanda, Estados Unidos e Espanha.
Diversas empresas brasileiras estão instaladas na Holanda, como por exemplo, a Braskem, que é a maior produtora de resinas termoplásticas nas Américas, na qual, o JE teve a oportunidade de entrevistar Albertoni Bloisi, responsável pela área de Desenvolvimento de Mercado. Além da Citro Suco, que é maior produtora mundial do suco de laranja.
“A chegada de pequenos e médios negócios brasileiros aos Países Baixos, incluindo empresas de tecnologia que usam a Holanda como hub para seus negócios internacionais, devido à excelente conectividade com o resto do mundo”, explica Robbert Meijering, diretor responsável da Agência holandesa de Investimento, a NFIA, ligada ao Ministério de Assuntos Econômicos.
O JE foi um dos convidados para conhecer o escritório da Agência holandesa de Investimento, a NFIA. Sendo que este ano, está completando 40 anos de atividades. O encontro aconteceu no dia 05 de junho e reuniu diversos profissionais do ramo de comunicação.
Presente em 17 países, hoje, ela possui 27 escritórios espalhados pelo mundo afora. Há oito anos atuando, no Brasil, já responde por 1/3 dos investimentos da América Latina, na Europa. Tendo o agronegócio como um dos principais setores de investimentos.
Também empresas holandesas estão instaladas no Brasil, como é o caso da agência financeira voltada ao agronegócio, Rabobank. O banco holandês possui crédito agrícola com cerca de oito milhões de clientes no mundo e 1,3 mil no Brasil, que oferece apenas empréstimos fundeados por recursos livres, e não opera as linhas oficiais. São US$ 8,6 bilhões.