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Todos correndo atrás da mandioca
15 fevereiro 2018
O Brasil é um dos maiores produtores mundiais da mandioca. De acordo com os dados da FAO – Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura, o País ocupa a quarta colocação, ficando atrás apenas da Indonésia, Tailândia e a Nigéria, respectivamente.
Em 2017, a feculenta, por exemplo, faturou mais de 11 bilhões de reais. Entretanto, segundo as estimativas do IBGE é que, neste mesmo período, a produção reduziu em cerca de 15%, o que daria algo em torno de 20 milhões de toneladas. Isso, porque, em 2016, a raiz atingiu a marca de 23,71 milhões de t.
A novidade é que a Embrapa está desenvolvendo uma nova variedade de mandioca cerosa. Isso colocaria o Brasil na vanguarda na corrida mundial para desenvolver um tipo waxy, que é muito procurado pela indústria alimentícia, pois é matéria prima para composição de pratos congelados. Até agora, nenhum País conseguiu desenvolver essa raiz.
“Estamos nos antecipando, uma vez que ninguém da cadeia produtiva nos pediu esse produto. Considerando que a Tailândia [segundo maior produtor de mandioca do mundo, perdendo apenas para a Nigéria] já está desenvolvendo sua própria variedade waxy, o Brasil não pode ficar para trás, sob o risco de, em algum momento, virar importador de amido waxy de mandioca”, explica Francisco Laranjeira, chefe-adjunto de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa Mandioca e Fruticultura (BA) Laranjeira.
A Mandioca é um dos produtos mais comercializados na Ceagesp. Ela ocupa a 12ª posição no setor de legumes. De acordo com a Companhia, em 2017, foram movimentadas mais de 21 mil toneladas.