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Secretaria de Agricultura incinerará 420 toneladas de agroquímicos obsoletos em São Paulo
2 janeiro 2017
Mais de 420 toneladas de agroquímicos obsoletos guardados em propriedades rurais no território paulista serão incineradas pela Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo. A parceria entre o Governo do Estado de São Paulo com o do Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (InpEV), estabelece que a Secretaria de Agricultura, por meio de sua Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA), seria responsável pela fiscalização e incineração dos produtos e o Instituto pelo o acondicionamento e o transporte, e a Companhia Ambiental Do Estado De São Paulo (Cetesb), da Secretaria do Meio Ambiente pela emissão das licenças necessárias para o processo.
A CDA contratou, por meio de licitação, uma empresa especializada para fazer a queima dos produtos. Para obter a autorização, a empresa atualizou sua licença ambiental, junto à Cetesb para realizar a incineração desses os defensivos agrícolas, em especial os organoclorados usados na produção agropecuária, sendo que o mais conhecido, o Hexabenzeno de Cloro (BHC), que tem fabricação, comercialização e utilização proibidas por lei no País.
O InpEV fará a logística, retirando os produtos obsoletos de mais de 250 propriedades rurais e levando para a cidade de Mauá, na região Metropolitana de São Paulo, onde será feita a queima. “A nossa expectativa é finalizar a queima em três meses. Essa é uma ação estabelecida pelo governador Geraldo Alckmin para garantir a saudabilidade dos alimentos, evitando que esses resíduos cheguem à nossa produção e para preservar o meio ambiente, por se tratar de um composto químico nocivo à natureza”, comentou o secretário de Agricultura Arnaldo Jardim.
De acordo com o coordenador-adjunto da CDA, Mário Sérgio Tomazela, a Coordenadoria encaminhou para a Assembleia Legislativa um projeto de lei com a regulamentação da fiscalização por parte da Defesa Agropecuária totalmente voltada à questão agrícola. “Além disso, preparamos o sistema de Gestão de Defesa Animal e Vegetal (Gedave) para fazer o controle dos agrotóxicos desde a indústria, passando pelo distribuidor, revenda, produtor até o retorno da embalagem nas Casas de Embalagens”, disse.
“Com a regulamentação do Gedave, poderemos fazer um monitoramento detalhado de cada grama de defensivos agrícolas vendido em território paulista impedindo o comércio e o uso de produtos ilegais, que podem causar danos ao meio ambiente e a quem os aplica”, complementou o secretário.
O controle de resíduos e a regulamentação do uso dos agroquímicos será feito em parceria com o Instituto Biológico, da Secretaria. “Faremos colheitas fiscais de produtos como tomate, pimentão, morango, alface, goiaba, cenoura e pepino, que passarão por uma rotina de monitoramento e de controle de resíduos. Temos também o compromisso de rever e atualizar a lei de conservação e fiscalização do solo agrícola e questões voltadas ao manejo integrado de pragas.