Notícias

Notícias

Estudos apontam redução de mangabeiras em Sergipe

Data21 dezembro 2016

COMPARTILHE

  • Facebook
  • Twitter
  • Linkedin
  • Imprimir
  • Enviar por e-mail

A Embrapa Tabuleiros Costeiros (Aracaju, SE) apresentou no dia 15 de dezembro. o ‘Mapa do extrativismo da mangaba em Sergipe: situação atual e perspectivas’. A audiência, realizada em parceria com o Ministério Público Federal (MPF) – Procuradoria da República em Sergipe, reuniu pesquisadores e analistas da Embrapa e agentes do MPF, além de representantes dos movimentos organizados de catadoras de mangaba, gestores públicos e parlamentares, pesquisadores de universidades e estudantes.

O mapa, que será publicado no início de 2017, é uma atualização dos estudos de monitoramento do ambiente em que está inserida a população tradicional das catadoras de mangaba em suas áreas de ocorrência, no litoral do estado. A versão anterior foi publicada em 2010, e já apresentava um cenário preocupante, com diversas áreas de conflito e restrição de acesso pelos proprietários, além de uma forte especulação imobiliária. Os resultados dos estudos de atualização do cenário apontam uma redução de áreas de ocorrência da mangabeira em torno de 30% nos últimos seis anos.

Desenvolvida dentro do projeto em rede ‘Plataforma Nacional de Recursos Genéticos Vegetais’, a pesquisa tem a parceria da Embrapa Amazônia Oriental (Belém-PA). Apoiam o projeto, ainda, o Incra, Universidade Federal do Pará (UFPA), Movimento das Catadoras de Mangaba de Sergipe e Emdagro.

Com acompanhamento da procuradora da República Lívia Tinôco, os trabalhos de atualização envolveram visitas de agentes da Embrapa às comunidades de catadoras no Litoral Sul, Região Metropolitana de Aracaju e Litoral Norte. Com uso de mapas georreferenciados e metodologia de entrevistas dirigidas com as catadoras, foi possível comparar as áreas de coleta atuais com aquelas observadas na primeira edição do estudo.

Os estudos foram coordenados pelo pesquisador e a analista da Embrapa Tabuleiros Costeiros, Josué Francisco da Silva Junior e Raquel Fernandes, respectivamente, além da pesquisadora da Embrapa Amazônia Oriental (Belém, PA) Dalva Mota.

Metodologia

Neste mapeamento, além da Embrapa Tabuleiros Costeiros, participaram pesquisadores e técnicos da Embrapa Amazônia Oriental, Universidade Federal do Pará, Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra-SE), Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro) e o MCM, além de lideranças locais, agricultores, agentes de saúde e comerciantes.

Como procedimentos de pesquisa foram realizadas observações, conversas informais, entrevistas com roteiros semiestruturados e utilizadas imagens de satélites. As conversas informais e entrevistas foram realizadas com atores-chave (dentre catadoras de mangaba, lideranças, agricultores, agentes de saúde e comerciantes).

As imagens de satélite foram selecionadas no Laboratório de Geotecnologias da Embrapa Tabuleiros Costeiros, captadas por sensores a bordo da constelação dos satélites alemães Rapid Eye®, dos municípios nos quais ocorrem os Tabuleiros Costeiros e a Baixada Litorânea em Sergipe, disponibilizadas gratuitamente pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA).

VEJA TAMBÉM...

Publicidade