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Competição consagra o melhor motorista de caminhão do Brasil

Data22 novembro 2016

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Eliardo Locatelli é o melhor motorista de caminhão do Brasil. O gaúcho de Carazinho venceu a competição da Scania pela segunda vez consecutiva, e se tornou o primeiro bicampeão em seis edições realizadas. A final nacional do Scania Driver Competitions (SDC) foi realizada no dia 10 de novembro, no Posto Estrela Graal, em Queluz (SP), e teve a participação de 60 motoristas, classificados entre mais de 40 mil inscritos, em três fases anteriores.

Além de Eliardo, o pódio contou com Ruy Hermes Gobbi (segundo colocado) e Luis Carlos dos Santos. Mas a competição ainda não terminou para eles. O SDC terá pela primeira vez uma final América Latina. Nos dias 26 e 27 de novembro, em São Bernardo do Campo (SP), os três primeiros brasileiros enfrentarão os três melhores motoristas de caminhão de Argentina, do Chile e do Peru. Os 12 disputarão o grande prêmio, um Scania Streamline R 440 6×2 zero quilômetro.

Na semifinal, no dia 9 de novembro, os 60 participantes passaram por provas teóricas, com questões sobre legislação, meio ambiente e condução eficaz, além de provas práticas, que testaram sua destreza e seu controle emocional. Os 27 melhores disputaram no dia 10 de novembro, a final nacional, com novas provas de manobras, em que precisaram mostrar toda a habilidade ao volante e ainda correr contra o tempo. Cada eliminatória contou com três motoristas, e apenas um vencedor. Dos 27, restaram nove, que na sequência fizeram nova rodada em trios. Os três melhores se enfrentaram na final, na prova do Rei, em que precisavam derrubar quatro pinos vermelhos com a roda do caminhão, entre dois azuis e em quatro locais diferentes, no menor tempo possível.

Aos 35 anos, o campeão Eliardo João Locatelli fez sua quarta final consecutiva na competição. Foi também o vencedor na edição 2014. “De quatro tentativas levar duas, é muito gratificante. As provas são muito difíceis e é preciso estar muito bem preparado e concentrado. Voltei a disputar o torneio para tentar realizar o sonho de ter o próprio caminhão. Agora, vou em busca de ser o campeão da América Latina, e será o campeonato da minha vida. Dedico esta vitória a todos os caminhoneiros”. O motorista da TransCastanho (RS) ainda fez um apelo sobre a profissão. “Às vezes o trabalho desanima, mas não podemos desistir. O que fazemos é muito importante para o País. Precisamos de uma maior valorização da sociedade. Agradeço a Scania por tudo o que faz por nós e peço que a marca nunca se esqueça dos motoristas. Todos os treinamentos que recebi mudaram meu modo de agir, pensar e dirigir.”

Ruy Hermes Gobbi, tem 49 anos (dos quais 28 como caminhoneiro), é natural de São José (SC) e trabalha na Confiança Mudanças e Transporte. Ele disputa a competição desde o início, em 2005. Ele foi finalista em 2012, mas em 2014 não ficou entre os 28 selecionados para a grande decisão. Nesta edição, voltou a figurar entre os melhores e levou o segundo lugar. “Estou sentindo uma alegria imensa. É uma satisfação difícil de explicar. Agradeço minha família e minha transportadora por sempre me apoiar. Os treinamentos que recebemos são muito valiosos para mudar a vida pessoal e profissional”, diz.

O terceiro colocado na final nacional é um baiano, de Salvador. Luis Carlos dos Santos, de 31 anos, se dedica à profissão há seis. Trabalha na TIC Transportes e participou pela segunda vez da competição. Na primeira, em 2014, não passou da etapa regional. Ele estava prestes a desistir da profissão antes de se classificar entre os 60 melhores. “Quando venci a etapa de Feira de Santana e me credenciei para a semifinal, comecei a repensar a decisão. Ontem de manhã, quando fui anunciado entre os 27 que disputariam a final, já estava esquecendo a ideia. À tarde, depois de conquistar o terceiro lugar geral e de ter a chance de ganhar um caminhão, nem penso mais em deixar de ser caminhoneiro”, afirma. “Aconselho a todos os motoristas a valorizar sua profissão, a ter mais amor por ela. Quem está pensando em abandonar não faça isso. Depende de nós estudar mais e estar mais bem preparado. Nós movimentamos o Brasil.”

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