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Demanda em alta garante valorização da batata-doce
16 agosto 2016
Utilizada em uma infinidade de receitas, de saladas a sopas, a batata-doce já conquistou espaço na gastronomia graças a grande versatilidade. Além disso, a hortaliça tem sido sucesso entre os atletas, que a adotaram como uma aliada na obtenção de energia. A boa demanda se traduz nos números no mercado atacadista da CeasaMinas: entre 2010 e 2015, o volume ofertado aumentou 70%, acompanhado de uma valorização de 21% no preço médio.
Entre 2010 e 2015, o volume de batata-doce passou de 12,9 mil toneladas para 21,9 mil t., no atacado do entreposto de Contagem. Ainda assim, o preço seguiu firme, aumentando de R$ 1,33/kg, para R$ 1,61/kg, no mesmo período.
“Hoje em dia, aparece cliente que compra saco de 20 quilos para levar para casa. Antigamente, não tinha disso, pois eu só vendia para sacolão”, afirma o agricultor Oromar Júnio Fernandes Las Casas, que comercializa no Mercado Livre do Produtor (MLP) da CeasaMinas, em Contagem.
De acordo com o chefe da Seção de Informações de Mercado da CeasaMinas, Ricardo Fernandes Martins, a demanda aquecida pode explicar por que, mesmo com a alta da oferta, houve aumento do preço médio.
Aliada dos atletas
A batata-doce é uma das hortaliças que mais têm conquistado espaço entre os frequentadores das academias. O alimento fornece carboidrato de lenta absorção, o que garante energia constante durante todo o treino, ajudando, assim, no ganho de massa muscular.
A batata-doce é também rica em fibras, contribuindo para aumentar a saciedade. Por isso, é também considerada aliada na perda de peso.
“Esses efeitos benéficos são alcançados quando incluímos a batata-doce em uma rotina alimentar saudável, já rica em frutas, hortaliças e com poucas gorduras e açúcares”, ressalta a professora do Departamento de Nutrição da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Rita Ribeiro.
A hortaliça ainda possui ainda bons teores de vitaminas A e E, e de complexo B, além de cálcio, ferro e potássio.
Procedência
Das 21,9 mil toneladas de batata-doce ofertadas em 2015, cerca de 25% foram provenientes do município de Matias Cardoso, no Norte de Minas Gerais; 12,23%, de Lagoa Dourada, na Região Metropolitana de Belo Horizonte; 11,66%, de Cruzeiro da Fortaleza, no Triângulo Mineiro; e 10,14%, de Varzelândia, no Norte de Minas Gerais.